terça-feira, 20 de outubro de 2009

Teatro das ilusões

...ora, experimentei algumas vezes que esses sentidos eram enganosos, e é de prudência nunca se fiar inteiramente em quem já nos enganou uma vez.

(Meditações, Descartes)

Mesmo que o uso da dúvida seja mais próprio ao objetivo cartesiano que era o de construir uma ciência segura, citar o trecho é suficiente, já que o que se pretende aqui é algo mais risível que o pretendido por Descartes; só peço que duvide, como ele faz, caso alguma vez tenham te enganado:

Alonso largou em 15º, Nelsinho em 16º. Numa corrida de rua, Fernando optou por uma primeira perna curta. Piquet, optou por encher o tanque. Logo após o pit stop do espanhol, o brasileiro bate. Entra o safety car, tudo se embaralha. O bicampeão pula para a ponta, de onde não sai mais. Venceu o primeiro GP noturno da história da Fórmula 1. Que agora pode ficar marcado pelo golpe da manipulação, caso as investigações levantem dados suficientes para levar a Renault ao Conselho Mundial e ser reconhecida como culpada.
http://blogf-1.blogspot.com/2009/08/batida-de-piquet-em-cingapura.html

Qualquer fonte serve para o que se pretende, a dúvida não precisa ser hiperbólica, não precisa duvidar do corpo, do chambre, nem dos sentidos, basta que admita: não é bom se fiar em quem já te enganou uma vez.

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