quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Sem começo nem fim

A etimologia, suposta ciência, analisa o etimo, a origem das palavras e nos dá, por isso mesmo, seu significado. É similar ao trabalho de procurar a palavra no dicionário e quanto a isso não apresenta dificuldade alguma.
Assim, paradoxal, significa: idéias que caminham em paralalo, (para - paralelo, doxia - idéia em grego); tautológico é a tabela de verdade que é verdadeira do começo ao fim; Metafísica é o que está além(meta) da física ou do físico, se preferir; e eterno é o que não tem começo nem fim, como Deus que existe antes do tempo e para além dele, ou o amor platônico que existe desde sempre e sempre existirá.
Alguns acreditavam que esse saber, talvez fosse melhor usar, saber, no lugar de ciência era suficiente, ou seja, saber o que as palavras significavam era o suficiente, mas como sabemos agora, saber o que significam as palavras não te dará tudo, ou pelo menos camufla outros significados possíveis e que são seus ou meus, ou de cada um, como você disse; e isso se apresenta como verdade, posto que, quando digo Morena, posso dizer isso de três pessoas ao mesmo tempo, como já disse tempos atrás, e pra saber do que falo, precisa da experiência ou ver o que vejo.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Tautológico

Todo guarulhense é um bravo, porque aqui não tem Sesc, mesmo assim a gente se diverte.
Porque a Cidade é logo ali, tão ali que a gente vai a pé... mesmo que os pés doam.
Todo guarulhense é um bravo.

sábado, 12 de setembro de 2009

Encontro diminuto

É só seguir no sentido contrário ao fluxo, descer uma escada, subir outra: um lance e verá a placa: camarim feminino e uma seta indicando o corredor que se estende, grande e um tanto silencioso para o momento de fim do espetáculo.
As bailarinas saem refeitas, cabelos amarrados, sorriso no rosto pelo bom papel de minutos antes, prova disso foram os aplausos de uma platéia que se foi. Os minutos passam e ela não sai. A banda se despede dos poucos que estão ali, um pessoal aguarda na escada, sem entrar no corredor, as vozes que saem desse, dão a impressão que a maioria já foi, mas ela ainda não passou.
Corredor adentro, os camarins tem dois nomes em cada porta e em alguns, a luz ainda estava acesa, vozes baixas confirmavam a presença das últimas bailarinas. As portas se sucessedem sem que encontre o nome, Marisa Bucoff, escrito, até que chega a última porta, a última, seria isso signo de alguma coisa? Ali, porta fechada, a conversa parece animada, até que a fã sai e pergunta se vou entrar. Entro, é pequeno, um espelho, uma pia junto a um balcão, uma cadeira e os figurinos que ainda não foram retirados formam o todo do interior, olho meio sem jeito para ela, a vergonha e o acaso da situação que minutos antes não imaginaria fazem as vezes do encontro, o Luciano me espera lá fora. Pois que espere.
E já que cheguei até ali, é de se esperar que diga alguma coisa à moça que se seca e sorri quando me vê:
- Semana passada foi lindo, vcs estavam lindos hj tbm!
- Ah, vc estava semana passada?
- Tava sim, mas hj, sei lá, estavam lindos e as coisas ficam mais lindas com vc!
- Ahh...
Um abraço e um beijo selam o encontro que jamais foi pensado...

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Primeira aula de um curso de Estética

A experiência estética se resume ao próprio espetáculo, seja ele um filme, show, teatro, dança... Na primeira vez que você assiste, o que te interessa é o que? acontece. As demais vezes pergunta como? o que acontece, acontece.

sábado, 5 de setembro de 2009

Princípio de economia

Pra variar, foi Aristóteles quem criou o princípio, título deste. Em linhas gerais, significa: aceitar a tese mais simples de explicação dos fenomenos estudados. Em outras versões, ficou conhecido como a navalha de Ockham, mais um do séc. XIV ou, mais recente, Por que com mais, se com menos, tese que se encontra em uma letra de música não lançada, mas que faz jus a própria tese, pela sua simplicidade poética.
Perceba que, quando chegamos a esta última forma, estamos distantes da tese original do Estagirita e que ela só faz sentido, hoje, porque é capaz de encontrar outros significados além dos que eram pretendidos pela sua forma original: formular esta pergunta diante de um capitalismo feroz parece, no mínimo, recomendável.
Ao repetir essa pergunta, tendo consciência ou não da tese, o sujeito chega a uma conclusão evidente: por que vou escrever todas as letras da palavra, se me bastam algumas: pq, d, vc...
É evidente pq não tem como escapar das formas mais simples, vc, pq... qdo não se é obrigado a respeitar a gramática, não obstante respondam as perguntas feitas pela lógica quanto ao significado que as letras ganham. Não adianta vc ficar bravo, oh gramático de plantão, não tem pq com mais, se com menos, eu escrevo vc, e você sabe, precisamente, a quem me refiro: a você, como é evidente.
Ponto pra Lógica.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Daniella, pedagoga.

Certo! concedo: a criança, quando nasce, traz algo impresso no que iremos chamar, por convenção, de Alma. No entanto, cada um tem a sua, então, será melhor chamar estas de marcas da Natureza humana, já que não admitimos isso como verdade parcial, mesmo porque não explico o que é, alma, tão pouco o que é, Natureza humana. Partimos disso, como um ponto em comum, fácil de se provar... Mas peço que admita: a seguir, quando ela abre os olhos e você mostra um objeto e diz: Bola, diz, então, um Nome e isso, minha querida, é prova suficiente que a criança tem bem pouco de seu impresso na Alma; mais, que ela aprende; e mais ainda, que é você quem ensina. Ahh, falamos então de um sujeito que tem algo impresso na alma, que aprende desde que abre os olhos. São todos pontos importantes.
Isso posto, podemos continuar...

sedução

A beleza da flor é só pra convencer o mosquito

terça-feira, 1 de setembro de 2009