quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Diálogos platônicos II

- Oi...
- Oi, como você tá?
- Tudo bem, o curioso é que tava pensando em vc! sr...
- Sério?! Duvido! Em que tava pensando?
- Ahh, não era nada de especial, só tava pensando, !? sr...
- Nem vem que não tem, sei que gosta de imagens e a lembrança é assim... Vai, fala do que você lembrou?
- Quando a gente se vê no mesmo lugar, mesmo que tempos depois, acho que é normal velhas paixões, amizades sinceras e café sem açúcar voltarem à boca...

doces sorrisos e abraços cheirosos aconteceram... e era como se os anos não tivessem passado e ambos estivessem naquele velho pátio, agora, os olhares alheios não preocupavam, não se sorrisse assim, como quem aprontou alguma, se o olhar for o mesmo é porque ela é a mesma... a pessoa não muda, não importa o que aconteça, já diria minha mãe...

-
É, isso é verdade. Sabe, a nostalgia as vezes me toma e é como se fosse criança e as regras não existissem... Talvez, se por um instante pudesse voltar, saber o que sei hoje, saber que amor a distância também é Amor... saber, ter a ciência exata do que só pode ser impreciso... ah...
- Não! Se não sabia, agora sabe, se não sei voltar no tempo sei que o futuro ainda não existe e que te quero, sempre quis... e se já não importa nenhuma convenção, então...?!
- Pra você sempre foi fácil...
- Pra que arranjar mais problema além daqueles que o amor já traz em si? Se pra mim sempre foi fácil, pra você foi difícil demais... Claro que também tenho saudade daquele tempo, do seu jeito de criança, do seu arrepio ao vento frio das noites de Julho...
- Viu como ainda tem as imagens na memória? sr...

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