sábado, 15 de novembro de 2008

Um certo Homem

A visão do Belo causa, em todos nós, a multiplicidade de sentimentos próprios aos amantes. Por isso, nunca é com um olhar desinteressado que o espectador contempla o espetáculo. Porém, por vezes, acontece algo que diz respeito tão somente aos artistas que o apresentam e que estarão sujeitos à crítica do esteta, (a bem da verdade é que ele diz respeito aos espectadores, mas o ingresso já foi pago, então, é tarde para arrependimentos): a falta do, Homem de Gênio! Ele é aquele que, seja em qual arte for, (teatro, música, dança...), faz a diferença, exatamente por não ficar restrito ao universo do comum.
Darei um exemplo, para que se torne mais claro o que digo: O espetáculo "Bossa Nova", da companhia de dança, Ballet Estagium, por não contar com nenhum daqueles poucos Homens, torna uma apresentação que tem a trilha sonora "perfeita", em uma repetição infindável do mesmo gestual de mãos, o que mostra a limitação do coreógrafo que, no caso deste tipo espetáculo deveria ser o Homem de que falei antes, e sem o qual não será possível sair do comum. Não peço saltos, manobras, ou coisas mágicas, o Homem de Gênio é exatamente aquele que responde a pergunta: por que com mais, se com menos? então, não será o uso de efeitos especiais que trará a mágica ao espetáculo.

Nenhum comentário: