sábado, 24 de janeiro de 2009

Nem um, nem outro

Se já discutiram tanto, e por tanto tempo, pra saber se é o Estagirita, ou Platão, quem está certo, não esperem de mim uma resposta final sobre o assunto. Essa celeuma começou quando os dois ainda eram vivos e Aristóteles saiu do Liceu platônico para fundar sua Academia, por não concordar com o que seu professor ensinou, (detalhe: ele ficou 20 anos estudando antes de sair...)
Desde então, passamos por diferentes momentos: ora era Aristóteles, ora Platão, quem dominava a cena. Ambos tiveram seus momentos de glória e de esquecimento: na baixa idade média, por exemplo, era Platão quem dizia como funcionavam as coisas; logo depois, séc. XII, os academicos da Igreja, começaram a receber as traduções dos textos aristotélicos, via Árabes, e então escreviam Filósofo, assim, com letra maiúscula, tamanho o domínio que Aristóteles exercia naquele tempo.
A noção de Ciência que nós empregamos, mesmo que hoje seja completamente diferente; a forma dissertativa que importa até no vestibular; a Lógica, isso tudo, e algo mais, é aristotélico. Porém, quem estuda as formas de aprendizado infantil, e aqui, penso em, Piaget, acredita que a criança já tem algo de pronto, desde que nasce, o que é, evidentemente, platônico.
E não é que eles estão certos!
Explico: ao que parece, a criança precisa saber alguma coisa para "se virar" quando chega nesse nosso plano, mas a experiência me dá um exemplo com o qual reafirmo minha escolha: sem experimentar, não dá pra formular um juízo: Um amigo, vinte e tantos anos, montou seu primeiro computador. Estava ali para ajudá-lo no que fosse possível, uma vez que tecnologias não são meu forte. Quando ele lança a pergunta, de absoluta pertinência para quem nunca havia experimentado o fato: Quando esse barulhinho chato pára?
Bem vindo ao novo mundo!
Era o realmente incomodo barulho do cooler...

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